sexta-feira, 12 de março de 2010

A saga das mulheres sozinhas


Já faz tanto tempo que estou sozinha (amorosamente falando), que chego a acreditar dessa vez, que nasci fadada à solidão.
E o que mais me dá certeza nessa afirmação é a história de mulheres da minha família, que são e estão sozinhas.
Tias, primas, que seguem o mesmo caminho da vida sem um parceiro que eu sigo há um bom tempo. É como se nós , inevitavelmente, tivéssemos que seguir esse destino.
Hoje consigo ver tudo sem melancolia, afinal de contas já tenho quase trinta anos. Contra fatos não há como lutar, porque é mais forte que você.
Com o tempo se acostuma com a vida sem romance, sem beijo, sem carinho e sem declarações de amor.
Já faz tanto tempo que estou sozinha, que não me dou nem ao luxo de procurar. Aceitei e ponto.
Hoje é minha folga, depois de muitos dias trabalhando sem descanso. Me programei pra ficar em casa com minha filha e minha mãe. Se tivesse um amor, acharia um tempinho pra ele. Saberia que teríamos algum lugar pra ir, amigos à visitar...ou apenas nós dois...juntinhos. Seria bom estar amando e ser amada? Claro! Mas, me acostumei com essa condição de mulher/madura/mãe/trabalhadora/sozinha.
Se não me acostumo....adoeço!
E não quero adoecer, padecer do mal dos solitários - a depressão.
Faço da música minha companheira, além de minha filha, pequenina..e que me enche de toda a coragem de que preciso.
O amor....ahhhh o amor. Esse já cruzou meu caminho, mas deixou tristeza e mágoa...sensação de engano...não quero mais procurar por ele. E sendo assim, acho que ele também não vai me achar.
E faço jus ao sangue que corre em minhas veias e dou continuidade à Saga das mulheres sozinhas de minha familia.

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